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domingo, 30 de janeiro de 2011

E o Mercado Público de Blumenau?




http://jornalistamagalimoser.wordpress.com/

O cheiro das especiarias se mistura às cores, aos sabores e à diversidade de iguarias. A combinação compõe uma atmosfera exótica da alma local – especialmente para quem está acostumado ao ambiente asséptico e isolado dos shoppings centers e supermercados. Conhecer um mercado público é programa imperdível, em qualquer lugar a que se vá. Procuro desbravar com intensidade esses espaços porque entendo que neles sentimos as diferenças regionais e compreendemos melhor a cultura, os hábitos e costumes de um povo.

Do camarão às carnes penduradas. Do peixe fresco ao artesanato local. Do pastel saindo na hora às frutas secas e grãos. É nos mercados públicos onde pulsa o coração e a cultura da cidade. Neles se descobre o mundo do a granel e dos produtos típicos. Conhece-se qual o tempero local, a fruta da estação, o sotaque e o espírito do povo.

Blumenau já teve seu mercado público. Funcionava em frente ao Hotel Rex, na Rua Sete de Setembro, onde é hoje o Banco Safra. Como lembra a diretora do Arquivo Histórico de Blumenau, professora Sueli Petry, que chegou a frequentar o local, no final da década de 1970 foi desativado por não atender mais às necessidades da população. Desde então, pensa-se em reabrir um espaço semelhante. O projeto sempre gira em torno de uma ideia elementar: transformar a Feira Livre, na Rua Alberto Stein, Bairro da Velha, em mercado público. Era essa a bandeira de Armando Ness, então secretário de Desenvolvimento Econômico na gestão de Décio Lima. Este governo também colocou o mercado público em discussão, ao lançar, junto com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) o Concurso Nacional do Mercado Público de Blumenau.

A equipe liderada pelo arquiteto Christian Krambeck, da Terra Arquitetura, disputou com 86 equipes de todo o Brasil e venceu o concurso. Em 2007, toda a imprensa local divulgou com estardalhaço o resultado, criando um clima de expectativa em relação ao início da obra. Mas passados quase quatro anos, o projeto ainda se mantém no campo das propostas – mesmo sendo tão bem acolhido pela população. Os feirantes da Feira Livre são os únicos a demonstrar ressalvas quanto à ideia. Eles temem não ter preferência na ocupação das bancas, e têm preocupação com a exigência de abrir o comércio todos os dias, inclusive aos domingos. Hoje, a Feira Livre funciona apenas as segundas, quintas e sábados e reúne feirantes de toda a região, de Gaspar a Presidente Getúlio. Até o final do ano passado, a Prefeitura havia cadastrado 110 feirantes que atuam no local.

De acordo com a proposta, o Mercado Público teria uma choperia, no térreo, e um restaurante climatizado, na parte superior. O prédio seria construído a partir das tendências da arquitetura moderna e a fachada prestaria homenagem aos jardins blumenauenses. O custo do empreendimento estaria estimado em cerca de R$ 6 milhões. Para Krambeck, falta articulação política para a obra sair do papel. Mas se ela não era prioridade, o que justifica o poder público ter lançado um concurso nacional para escolher um projeto de construção do mercado público? A catástrofe de novembro de 2008, mais uma vez, é o motivo apontado pela Prefeitura para o atraso na obra.

O economista Edson Marques, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, explica que o projeto deve ser construído em parceria com o governo estadual, através do Fundo Social. Segundo ele, a captação de recursos para a obra já está aprovada pelo Conselho de Desenvolvimento Regional. Conforme a proposta, haverá um aumento da área de 3.834 m2 para 7.460 m2. A ampliação busca contemplar maior oferta de produtos típicos, como cervejarias artesanais, licores, conservas, embutidos e quitutes da gastronomia alemã. Marques assegura que a expectativa é de que a obra comece ainda este ano.

Um dos caminhos sugeridos pelo arquiteto Krambeck para a viabilização da obra seria a parceria público-privada, que garantia a consolidação daquela área que compreende as imediações do Parque Vila Germânica.

_ Aquele é um espaço que naturalmente tem vocação turística. O mercado público seria o coroamento disso. Até porque, o mercado público não seria apenas um equipamento de consumo de mercadoria, mas de troca, encontro, de relacionamento. Este é o papel do espaço público _ defende Krambeck.

As feiras livres sempre foram características de Blumenau. Os primeiros registros históricos da existência delas datam de 1940, conforme dados do Arquivo Histórico de Blumenau. A construção de um mercado público no espaço que abriga a principal feira da cidade não criaria apenas mais um atrativo turístico. Um mercado público se constitui em uma referência fundamental para uma cidade que se preocupa com seu patrimônio histórico e cultural. Torna-se um ponto de encontro ao alcance de coisas que não estão nas prateleiras de supermercados, nas vitrines das lojas, nem podem ser adquiridas em shoppings… como entregar-se a pequenos prazeres… tomar sorvete de fruta típica da região ao som de uma música ao vivo, uma boa conversa, ouvir histórias, descobrir novos sabores, fazer novas amizades, na convivência do espaço público.

Magali Moser – Jornalista

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Como estava a Alemanha semana passada... por Betsy Beuther

Rastros do Muro de Berlin...
Trilhos da Hauptbahnhof de Köln
Casas Tradicionais de Ulm

Memorial às Vítimas do Holocausto, Berlin
Museu Judaico, Berlin
Tradicional e contemporâneo, Frankfurt

Casas tradicionais de Frankfurt


No dia 20 de dezembro de 2010 começou a minha viagem de férias para a Alemanha, em um grupo de 27 brasileiros guiados pela brasileira Danilse, que passa três meses, todos os anos, na cidade de München,  à  quem credito o sucesso de nossas férias. Até dia 7 de janeiro , dia da nossa partida, passamos pelas cidades de München, Nürnberg, Ulm, Stuttgart, Dachau, Königssee, Oberaudorf, Zugspitze, Füssen, Frankfurt, Köln, Hamburg, Berlin e Salzburg, que fica na Áustria, sem contar algumas localidades que estivemos apenas de passagem, das quais não me recordo nomes, mas com certeza ficaram gravados na memória.
                A Alemanha me surpreendeu! Uma característica em especial é notada em todo  país, a organização. As cidades são tão legíveis, são tantos marcos, memoriais,  monumentos, que mesmo sem o conhecimento da língua alemã, é possível caminhar sozinho pela cidade sem correr o risco de ficar perdido.  O transporte público coletivo, que integra todos os modais com um único ticket, é um exemplo de pontualidade, e deveria servir de referência para cidades que enfrentam problemas com o tráfego intenso, já que são tantas opções de transporte, e todas funcionam tão bem, que o uso do carro fica como segunda (terceira, quarta...) opção.
                O povo alemão é culturalmente mais fechado, acho que o clima frio retrai as pessoas, mas os achei extremamente educados, e foram vários os exemplos de educação que me surpreenderam ao longo da viagem, até porque fui acompanhada de alguns pré-conceitos com relação aos alemães, mas que só serviram de lição “não julgar antes de conhecer”. A gastronomia foi outro exemplo disso, com comidas muito apimentadas, os bratwürst (pão com salsicha) com muita mostarda, eisbein mit Sauerkraut (o famoso joelho de porco com chucrute), os inúmeros glühwein (algo parecido com nosso quentão) tão bem vindos nas nossas caminhadas geladas, além das quase 5000 marcas de cervejas, parte delas ficaram para ser experimentadas em uma próxima volta.
                Falar de cada cidade seria impossível de maneira resumida, mas gostaria de expressar a minha satisfação em conhecer Berlin, um verdadeiro museu a céu aberto! Algumas pessoas falam que os alemães não sabem lidar com os fatos da Guerra, mas o que vi em Berlin foi o resgate de toda essa história que os alemães não tem nada que se orgulhar. Em cada parte da cidade existe algum marco, museu, monumento que registra algum acontecimento daquela época, como Memorial às Vítimas do Holocausto, um labirinto de blocos de diversos tamanhos, que se assemelha à um cemitério cheio de lápides, ele é o reconhecimento público do massacre aos judeus durante a Guerra. O próprio muro de Berlin, um símbolo mais contemporâneo,  que separou a Alemanha Oriental e Ocidental, a socialista e a capitalista, ainda cruza o asfalto em uma trilha de paralelepípedos.
Da arquitetura tradicional das casas germânicas que me encantou, aos edifícios contemporâneos, algumas vezes encontrando-se na mesma paisagem, como em Frankfurt, uma cidade onde a cada esquina se vê o diálogo entre o tradicional e o atual, posso dizer que voltei para o Brasil inspirada! Inspirada pela beleza, pelo diferente, pelo organizado, por Berlin (risos), e com a certeza de que voltarei, mas na próxima vez não para ver neve, mas para ver as flores da primavera.

Betsy Beuther

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Fotos de Trabalho - Porto Belo!

 


Estamos expandindo nossa atuação no litoral, principalmente entre Balneário Camboriú e Bombinhas, com 2 casas a beira mar prestes a iniciar obras. Divimos as imagens inevitáveis de um duro dia de trabalho...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Projeto para Associação de Moradores em Florianópolis.



Projeto elaborado para o Conselho de Moradores do Saco Grande para ser encaminhado em parceria para o Ministério dos Esportes para subvenção e liberação de recursos. A partir de 2011 estaremos articulando e retomando esse projeto comunitário em parceria com o economista André Ruas e uma empresa de Brasília.

Nova Composição Equipe Terra!

Comunicamos que o arq. Argemiro de Oliveira a partir de hoje deixa de integrar nossa equipe, agradecemos o comprometimento e dedicação e desejamos boa sorte nos novos desafios e caminhos. Obrigado pela companhia e parceria Miro, foi muito bom trabalhar com vc...

Estúdio Terra
http://www.terra.arq.br/

A personalização vale a pena? Tecnisa.

10 de janeiro de 2011

Rodrigo Duarte

A tendência de personalização dos imóveis adquiridos na planta vem crescendo nos últimos anos, e muitas construtoras hoje oferecem esse tipo de serviço aos compradores. A solução é atraente, pois assegura que as alterações solicitadas sejam realizadas ainda na fase de planejamento da planta – há uma economia por parte do consumidor que não precisa pagar duas vezes pelo mesmo serviço, como acontecia no passado.


Segundo a arquiteta paulista Renata Marques, que conta com larga experiência no trabalho com as grandes incorporadoras no gerenciamento de projetos desta natureza, a principal vantagem deste tipo de aquisição é a garantia da execução do trabalho e cumprimento de prazos pela empresa responsável pela obra. “É sem dúvida uma situação interessante para o comprador que recebe o imóvel pronto, com todos os opcionais escolhidos contando ainda com a garantia da construtora”, avalia. “No processo anterior, o cliente precisava aguardar a entrega do imóvel para modificá-lo através de reforma, era necessário quebrar os acabamentos e, muitas vezes, mexer até a estrutura do imóvel para transformá-lo de acordo com o desejo do proprietário”, explica Renata.

Incentivando a personalização durante o processo de construção, as incorporadoras facilitam a vida do dono do imóvel e ainda geram economia, uma vez que eles podem optar na fase de projeto pelo tipo de acabamento, por exemplo, que vão querer ver na obra terminada. Outra vantagem é não perder a garantia do imóvel, quando se opta pela reforma, por exemplo, o cliente perde a garantia por serviços como a impermeabilização do piso, encanamentos, instalação elétrica, entre outros.

Este tipo de customização dos ambientes costuma ser oferecida em kits, onde o consumidor deve escolher uma entre diferentes opções pré-selecionadas pela responsável pela obra. Para os empreendimentos de alto padrão costuma existir a possibilidade da personalização completa, onde o proprietário decide todos os detalhes da obra e ainda pode destinar um arquiteto de sua escolha para acompanhar o processo, sempre em conjunto com a construtora, que supervisiona o projeto.

Renata chama atenção para um ponto crucial para o sucesso deste tipo de acordo: é muito importante o cliente entender quais as especificações básicas que fazem parte do memorial descritivo de venda para que possa escolher as especificações sugeridas. “Em caso de futura reclamação uma das únicas garantias do cliente é o memorial descritivo de venda”, adverte a arquiteta

A Tecnisa foi uma das empresas pioneiras nesse tipo de serviço – empreendimentos pré-definidos pela empresa contam com uma equipe gerida por uma arquiteta e várias analistas que auxiliam o cliente na personalização, escolhas de plantas e acabamentos. Para saber mais a respeito, fale com um dos atendentes pelo site da Tecnisa.

http://www.blogtecnisa.com.br/mercado/a-personalizacao-vale-a-pena/