Páginas

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Texto do arquiteto e urbanista Christian Krambeck sobre planejamento urbano, mobilidade a cidade do presente e futuro... http://www.clicrbs.com.br/jsc/sc/impressa/4,182,3949062,20796

Os destinos da cidade estão sempre sendo definidos, a cada eleição, a cada novo eleito, a cada novo movimento espontâneo da sociedade, mas geralmente, na prática, seu crescimento continua desordenado, equivocado, ineficiente e diferente do que gostaríamos. Será que teremos uma oportunidade de mudar isso com o novo ciclo político que se abre a partir de 2013? Seremos capazes de entender melhor nossa cidade, suas características e potencialidades a curto e longo prazos?

No sentido de contribuir para um planejamento urbano participativo de verdade e ajudar na definição de princípios e diretrizes para o novo Ippub, um grupo de entidades vem se reunindo para discutir o tema e tentar construir um consenso em torno de sugestões a serem discutidas publicamente. Tomo a liberdade de propor algumas, ressalvando que as mesmas ainda deverão ser debatidas no futuro:

O espalhamento espontâneo da cidade, sem planejamento, é um câncer urbano que aumenta o custo da energia elétrica, água, esgoto, ônibus e o tempo de deslocamento das pessoas, piorando as relações urbanas e de qualidade de vida. Deveríamos limitar em 20 andares a altura dos edifícios novos.

Uma cidade que respeite sua principal característica, a de estar entre morros, rios e exuberante vegetação e que trace um desenvolvimento sustentável respeitando sua paisagem, seu povo e o equilíbrio entre meio ambiente e novas construções.

Uma cidade que acredite de verdade na mobilidade cidadã, priorizando os pedestres e ciclistas e o transporte coletivo de forma integrada e eficiente, que se projete nacionalmente como referência em mobilidade, com um sistema de ônibus eficiente, confortável, barato e bem planejado.

Existem muitas prioridades, mas se não elegermos uma bandeira coletiva comum vamos continuar estagnados em termos de planejamento urbano e inovação, satisfeitos em ser uma cidade regular em termos de qualidade de vida, muito aquém do seu potencial.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

FREE


Uma pergunta que nos instigou desde o primeiro momento na concepção deste projeto foi: o que é o morar contemporâneo!? Projetar um edifício inovador, que se diferenciasse na paisagem urbana de Blumenau e oferecesse as sensações de morar numa casa: liberdade, flexibilidade e conforto. Esse conceito foi o fio condutor na concepção do projeto arquitetônico do Free. As varandas contínuas em fita costuram e suavizam a volumetria do prédio e simbolizam a conectividade da sociedade em rede e a liberdade urbana; a loja no térreo valoriza o espaço urbano e a escala da rua; as plantas flexíveis e ambientes integrados conferem ao cotidiano praticidade e flexibilidade; localizado entre o centro da cidade e a FURB, o morador estará inserido numa das áreas que mais se desenvolvem da cidade...






O BIM e a revolução na forma de projetar



O BIM (Bulding Information Modeling) é um banco de dados que agrupa as mais diversas informações de um empreendimento imobiliário em uma só ferramenta. O projeto arquitetônico, os projetos complementares, o sistema construtivo, o quantitativo, o orçamento e o planejamento de obra, entre outras, são algumas das informações contidas no BIM.


Uma revolução.  Assim podemos definir o sistema BIM, que além de uma ferramenta 3D, tem como característica principal a integração das informações produzidas por profissionais de diferentes áreas. “O BIM vai muito além do processo convencional, integrando e compatibilizando os projetos já em 3D, junto com os quantitativos, os orçamentos, e o compartilhamento em sistemas extranet”, conta o arquiteto Christian Krambeck, do Estúdio Terra.
Nos sistemas CAD tradicionais, primeiro é feito o projeto de arquitetura, e a partir dele são produzidos os projetos complementares, como estrutural, hidráulico, elétrico. Depois se inicia a fase administrativa, que abrange quantitativos, orçamentos, compras, planejamento, entre outros. Paralelamente, são confeccionadas as maquetes eletrônicas em 3D, com finalidade de estudo e de apresentação final.
O BIM faz todo este processo quase simultaneamente. Enquanto a compatibilização entre os projetos ficava em segundo plano, com o BIM os profissionais envolvidos projetam em 3D, e os projetos nascem compatibilizados. Um bom exemplo do que acontecia era perceber na obra que a tubulação passava por dentro da viga. Este tipo de incompatibilidade será apontada em projeto.
Entre os grandes atributos do BIM, destaca-se a possibilidade de construir o edifício etapa por etapa, virtualmente, conforme a realidade da própria obra. As quantidades e tipos de materiais e soluções tecnológicas e construtivas são parametrizadas automaticamente. “Pela primeira vez, sinto que realmente podemos ‘construir’ o prédio sem sair do escritório”, diz o arquiteto. As decisões de projeto, e quaisquer modificações no mesmo, são automaticamente geradas em todos os documentos. Não apenas nas plantas, vistas e cortes, como também nas especificações, quantitativos e orçamentos, como um processo inter-relacionado.
O Estúdio Terra está alinhado com a tendência, considerada irreversível por especialistas. O escritório vem se preparando para a utilização do sistema BIM, incluindo o projeto executivo, compatibilização, quantitativos, orçamentos, especificações e memoriais, de forma integrada e visível em 3D. “Estamos capacitando a equipe para oferecer uma solução integrada, acreditamos que Blumenau pode ser um polo nacional em tecnologia BIM integrada como vetor de sucesso dos empreendimentos imobiliários”, afirma o arquiteto.